Carne
nova descendo a cova fria...
Vermes
gordos pisando sobre mim
Coberto
por um terno de cetim...
Vermes
fazendo de mim moradia;
Fazem
valetas... tanta é a euforia
De
comer uma carne carmesim...
De
comer um pulmão, um baço, um rim...
Que
esqueceram-se da melancolia;
Estão
todos sentados no meu crânio
Raspando
os duros ossos de titânio...
Lustrando
o meu estático esqueleto;
É
um farto banquete para os vermes...
São
tantos os pedaços de epidermes
Sendo comidos num
prato completo;