LAPIDANDO VERSOS

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

RAIVA

Pare de lançar veneno
E de ter raiva de todos...
Torne-se bem mais sereno...
Longe dos profundos lodos;

Pare de agir com dureza...
De lançar palavras frias...
Que não curam a tristeza
Das tuas noites vazias;

A raiva só afugenta
As pessoas do teu convívio...
Perto de ti quem aguenta...
Alguns fogem para o alívio;

Sentimento que te mata...
Que vai corroendo o teu ser
Até que na porta bata
Ela a levar teu viver;

Câncer é ressentimento...
É uma mágoa profunda...
Uma raiva em movimento
Que lentamente te afunda;

segunda-feira, 21 de julho de 2014

DESCASO

Os hospitais empilhados...
Pacientes nos corredores...
Médicos tão indignados
Com um cenário de dores;

Balas parecem valer
Mais do que uma vida humana...
Quantas crianças a morrer
Naquela região insana;

Falta a tal educação
Pois querem o povo burro...
Se arrastando pelo chão
Sem dar sequer um sussurro;

O dinheiro pelo ralo
Com estádios luxuosos...
Só serve para o regalo
Da classe dos tenebrosos;

Brasil, mostra tua cara...
Derruba tais governantes...
E que se faça na marra
Com tal legião de farsantes;


segunda-feira, 14 de julho de 2014

PIADA MUNDIAL

Sete foi muito pouco...
Acho que tiveram pena...
O povo ficou bem louco...
Humilhação que condena;

Pareciam umas donzelas
Bailando dentro do campo...
Muito hotel cinco estrelas
E o povo faltando trampo;

Felipão cabeça dura...
Jogadores sem vontade...
Cavaram a sepultura
De um povo em desigualdade;

Só lavagem de dinheiro...
É um jogo entre empresários...
Esporte tão derradeiro
Fazendo tais milionários;

Para abrirem as perninhas
Devem ter vendido a copa...
Seleção de mariquinhas
Que o povo ainda vê e topa;

Ó seleção brasileira...
Que a crítica se derrame...
E ela é da nação inteira...
Parabéns pelo vexame;

segunda-feira, 7 de julho de 2014

MÚSICA CLÁSSICA

Partituras lapidadas
Pelas mentes imortais...
Nossas almas transformadas
Flutuam pelos céus reais;

Acordes mais que vibrantes...
São os regeneradores
Celulares fascinantes
Que harmonizam nossas dores;

Compostas com tal maestria
Para despertar nós todos...
Humanos em nostalgia
Escravizados nos lodos;

Elas nos dão a leveza...
Nos transportam a outros planos...
Sempre envoltas na beleza
Das notas doces dos pianos;