LAPIDANDO VERSOS

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

JÁ NÃO BASTA

Já não basta mais sonhar...
O amor em mim quer bem mais...
Vem nos meus lábios deixar
Os teus beijos celestiais;

A minha alma na tua alma
Se completa lindamente...
Feche os teus olhos com calma
E me sinta docemente;

Nossos corpos rolam nus
Pela cama perfumada...
Vamos nos unir em luz
Para sempre minha amada;

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CALMA

 Calma minhas virgens! Calma!...
Agüentem a ardência na flor...
É normal sentirem nela e na alma
A chama violenta do amor;

Calma! Coloquem a aberta palma
Da mão para controlarem o calor...
Logo a flor se acalma...
Logo sentiram nela o último tremor!

Calma! Chegará a hora que os dedos
Desvendaram os últimos segredos
Que a flor tão bem esconde… Onde?

Sem avisar vem a menstruação
Que leva embora a solidão
Da flor que a calcinha esconde!  

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O DESTINO DESTE MUNDO

O que podemos nós fazer? É tarde!
A canção das estrelas é tão triste;
A lua chora lá sozinha e assiste
O majestoso céu tremer... como arde!

Gritos de seres frios... voz covarde
De bocas sonolentas... O que ouviste
Alma lânguida que nunca mais riste?
O teu riso doente é frio... Não guarde!

Gargalha absurdamente... tal palhaço
Rindo de si mesmo em círculos d’aço...
Assistindo o destino deste mundo;

Ouço os sons tristes numa terra fria;
Os rouxinóis não fazem mais poesia
Com o seu canto cândido e profundo;  

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

FAZENDO AMOR

Nos despimos lentamente...
Mãos correm na pele nua
Dos corpos calidamente
Se amando ao clarão da lua;

As pernas entrelaçadas...
Carinhos vivificantes
Nas mais doces madrugadas
Vendo as estrelas brilhantes;

Lábios molhados dos beijos
Cheios de paixão sentidos...
Alimentam os desejos
De dois corpos já rendidos;

Aromas do amor pelo ar...
Corpos suados na cama...
Traduzem o verbo amar
Nesta chama que se inflama;

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

DEIXO PEGADAS

Deixo pegadas na neve...
A solidão é gelada...
É como um sonho tão breve
Tido na noite passada;

Minhas lembranças são flocos
De neve cobrindo o chão...
Dividindo em mil os blocos
Que formam meu coração;

Sentimentos congelados
Na minha alma sonhadora...
O amor dos enamorados
Não é mais deste que chora;


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

FIM DOS DIAS

E toda a raça humana vai tremer;
O sol não brilhará mais nas alturas;
Os dias cobrir-se-ão das mais escuras
Trevas... o mundo vai escurecer;

O medo... só o medo em cada ser;
Mortas às esperanças... guerras duras;
Grandes lutas em terras inseguras;
Vastidão e deserto a nos perder;

Fogo, ventos e as ondas mais imensas...
Nos mostraram o fim dos nossos dias...
O fim da humanidade mais bonita;

O desespero... as almas todas tensas;
As lágrimas profundas de agonias
Intermináveis... voz que tanto grita;

Soneto

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

COMO SÃO FELIZES AS VIRGENS

Como são felizes as virgens a caminhar
Pelo jardim todo em flor;
Caminham na esperança dum dia encontrar
O caminho do verdadeiro amor;

Caminham com o coração a palpitar...
E com a flor em intenso ardor;
Como apagar a chama a queimar?
Como controlar aquele doce tremor?

Deixem a flor que delira
Gemer como as cordas da lira...
Deixem ela do amor sentir...

E durmam na noite banhada de luz...
Durmam com os seios nus
E com a flor a sorrir;