LAPIDANDO VERSOS

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

VELÓRIO

Divulgação na rádio da cidade...
Corpo sendo velado na câmara-ardente;
Corpo morto na trágica idade
E retorcido como venenosa serpente;

Estranhos entram sem necessidade...
Até parente que se diz parente...
Que nunca visitou quem perdeu a liberdade
E terminou numa cama doente;

No velório um padre dialogando
Para pessoas ali em tudo reparando...
Principalmente nas vestimentas do morto!

Morto que descansa no eterno conforto
Do caixão, sem a alma que está presente...
Soprando no ouvido de toda essa gente!  

39 comentários:

Vinicius disse...

Bom dia. Realmente a morte é um verdadeiro ''acontecimento.'
Aonde há ''interesses'' financeiros , e depois o esquecimento,
Abraço.
Uma ótima semana.

Vinicius disse...

Bom dia. Realmente a morte é um verdadeiro ''acontecimento.'
Aonde há ''interesses'' financeiros , e depois o esquecimento,
Abraço.
Uma ótima semana.

Ivone disse...

Bom dia amigo poeta querido!
Amei ler aqui seus versos, bem assim, enquanto todos velam o morto, a alma ali está a ver e saber sobre os pensamentos dos presentes, sabe amigo, também gosto de fazer poemas sobre a morte, sempre faço grandes reflexões sobre isso quando vou a velórios, pois é, faz parte da vida!
Amei seu comentário lá no meu "poemas..." respondi com animação, fiquei feliz de saber que aprecias leituras com a que indiquei, pois com tão pouca idade tens uma inteligência singular!
Abraços amigo poeta!

Poções de Arte disse...

Bom dia Samuel!
A morte sempre me entristece... Fico pensando nas reações e pensamentos antes da partida... E seu poema, pra mim, mostrou uma pessoa solitária, abandonada que mesmo em seu velório não tinha alguém que o visse como humano.

Uma linda semana.
Abração esmagador.

Bell disse...

Bom diaaaa

Eu não gosto de velórios, pois na maioria das vezes são regados de tristezas.
Porém a morte é a única certeza que temos da vida.

tenha um lindo dia =)

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...

Oi amigo,por coincidência,ontem fui à um velório de uma amiga,que faleceu aos 53 anos de câncer.Não foram feitas todas essas festividades,era uma pessoa simples,vivia só,solteira,mas os amigos eram muitos e estavam presentes junto aos familiares,sentindo muito a falta que ela irá nos fazer.Sem alardes e pompas,sem registros em jornais,querida por todos,inclusive por mim.Agora,sei que há muitos velórios,em que as pessoas estão preocupadas em aparecerem de óculos escuros e se quer fazer uma pequena oração àquele que está fazendo a grande viagem.
Bjs Samuel.
Carmen Lúcia-mamymilu

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

o poema é dedicado a um tema que eu não lido muito bem, a morte, sei que é certa e irreversível, mas é um assunto que me incomoda muito.

:(

Maria disse...

Ola Samuel...gostei muito..a morte e os contraditórios do funeral muito bem captados na sua poesia!
bjs
Maria

Sara Muniz disse...

Adorei o poema! Que sonho escrever poemas tão bons quanto os seus...

Vera Lúcia disse...

Olá querido Samuel,

Seu soneto descreve o cenário real de muitos velórios, onde o que menos se observa é o respeito e tributo ao morto. O que se vê usualmente é muita conversa e até risinhos disfarçados, além de curiosos e todo mundo reparando todo mundo.
Pior é imaginar o espírito do morto presente, 'soprando' no ouvido dos presentes-rsrs.

Gostei. Um foco diferente.

Belo dia e grande abraço.

Célia Lima disse...

Hoje passando somente para lhe desejar uma ótima semana.

Bjssss

Laura Santos disse...

Belo poema, Samuel! Conheço gente assim, que vai aos velórios para ver se o caixão é luxuoso ou não, e as vestimentas do morto. Como se a morte fosse apenas um fait divers.
xx

Lua Singular disse...

Oi Samuel,
Temerosa sua poesia.
O meu caixão vai ser lacrado.
Ninguém vai me ver branca e rir da minha cara.kkk
Beijos
Lua Singular

Clau disse...

Boa tarde Samuel,
Ultimamente quase ninguém está interessado em honrar a memória do defunto, funeral virou um evento social.
As famílias se reúnem mais em velório do que em casamento, esse morto retratado no soneto é atípico, pois foi visitado só por gente curiosa e parente que se diz parente!!
Muito bom, adorei seu post.
Bjs.

mム尺goん disse...

[pois é....estão a cada dia
transformando algo tão dolorido
em evento....]

beij0

Rosemary Lima disse...

Algumas pessoas andam tão vazias que nem nesses momentos de solidariedade elas se comovem!
Muito verdadeiro o seu poema Samuel! Gostei!

Beijos

Nequéren Reis disse...

Amigo que amei o poema mesmo sendo sobre velório,
apesar que todos nós vai passar por esse momento.
tenha uma semana abençoada.
Blog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br

Cidália Ferreira disse...

Olá Samuel

Tu até que tens graça, rsrsrsrsrsr...
Prefiro não saber como vai ser o meu velório. looooool

Beijinhos

Letícia Faria disse...

Adoro muito soneto, me lembro perfeitamente de quando eu estudava isso na escola e amava muito tudo isso <3
Esse soneto retrata muito como é um velório nos dias de hoje. E se a cidade for pequena? Ixi, aí que vão mais curiosos. Ah, e é nesse tempo que aparece aqueles parentes que nunca fazia questão da sua existência.
Adorei muito esse poema, muito original e criativo. Continue assim Samuel que você vai longe (;

Vane M. disse...

Samuel, definiu muito bem os elementos que envolvem um velório. Além da despedida, um evento, sobretudo, social. Um abraço!

Rute Beserra disse...

Oi Samuel verdadeiro seu poema,muitas pessoas não respeitam o morto ou o velório, se preocupam com roupas ou com o óculos de marca que o outro está.
Beijos de boa noite

Dorli Silva disse...

Oi tio Samuel,
Nem acabamos de chegar da viagem temos que ir ao velório?"Quedo". Vamos não.kkk
Um beijinho sabor amora.
Mundo dos Inocentes

Aline Goulart disse...

Acho lamentável quem faz do velório um evento social. É um momento de despedida e de respeito aos que sofrem pela perda do ente querido. Beijos.

MARILENE disse...

Momento que pede respeito, infelizmente usado de forma indevida por muitos.
Obrigada pelo soneto que, certamente, estará guardado em minha caixinha de presentes preciosos. Bjs.

Evandro Pezzi disse...

Fiquei arrepiada Samuel. Lindo de mais esse soneto.
Passei por todas as suas palavras no dia em que minha mãe faleceu... Gente sem noção, sem respeito, sem coração...

Beijos e um dia lindo para vc!

Nanda

Diego disse...

O mais interessante é que apesar do assunto pesado a condução do mesmo é leve e gostosa de ler. Parabéns!

Unknown disse...

Samuel meu doce amigo, que soneto
diferente, da uns arrepios, mas é a pura verdade
mas que tem gente que não respeita ah isso tem...
as vezes até riem ...temos que ter respeito

Abraços calorento de boa tarde

__________Rita!!!

may lu disse...

A "noite" é pousada...
Sobre as mãos apressadas da vida.
O "escuro" fez silêncio do lado de dentro
O tempo passeia do lado de fora.
Atrás, a porta é fechada.
O que há de se encontrar?

Como sempre, amei!!!
Doce beijo!

Helen Ferreira disse...

Poema que não conseguiu ser mórbido, só real demais para esse instante.
Boa semana pra ti, Samuel.

Donetzka Cercck L. Alvarez disse...

Adorei a verdade desse seu poema,Samuel.

Como já senti isso observando pessoa nessas ocasiões.

E vc conseguiu traduzir em versos.

Parabéns,meu querido amigo

Obrigada pela visita

Beijos

Donetzka

Gaby Lirie disse...

Nunca fui em um velório, e imagino que seja assim mesmo, é algo que me é muito estranho essa forma de velar.

Beijos.

BLOGZOOM disse...

Samuel,

E é assim mesmo! Voce descreveu em versos uma realidade.

Beijnhos

Lua Singular disse...

Oi Samuel, já está dormindo?
Quase meia noite, hora de nanar
Linda noite
Beijos
Lua Singular

Elisa T. Campos disse...

Samuel
Lindos sonetos como sempre.
Versos lapidados com muita mestria.

Lindos dias.
bjs.

adilson disse...

Olá Samuel, verdade, é assim mesmo! Não gosto de ir a velórios, somente de quem realmente conheço! Mas é um misto de sentimentos! Você descreveu na íntegra como são muitos deles! Parabéns pelo o blog e pelo lido Soneto! Abs, fraternos!

Sónia M. disse...

Até a hora da partida, tem vezes que os vivos, a transformam em mais um "circo"....

Muito bom! Captando a realidade.

Beijo

Sónia

Tamires Cipriano disse...

Olá Samuel.
Nunca fui a um velório, não sei eu sempre me preocupei em visitar antes da partida da pessoa, tem aquelas ainda que só visitam quando a pessoa "dorme" eternamente, mas acho isso estranho temos que dar maior atenção aqui e com vida rs.
Amei o poema.
Beijos
De tudo um pouco da Thá

Ana Cecilia Romeu disse...

Samuel,
um soneto de caráter realista, no entanto,abordado de forma sensível.
E como essa situação acontece...
Beijos!

Tais Luso de Carvalho disse...

rsss, to rindo de nervosa! Sabe, Samuel, ando pensando entre crematório e o tradicional, naquelas gavetas horrorosas esperando ser devorada! Não gosto de fogo; tenho fobia por micróbios... um enterro num gramado florido é bonitinho, não?
Dei uma aliviada, amigo, mas que o assunto é pesado, ah é!!! Sabe quando estamos envelhecendo? Quando abrimos o jornal e vamos direto para a página dos anúncios para ver quem morreu! Ai, que horror. Mas que dá ótimos sonetos, ah dá... Adorei esse seu! Cruzes. Não sei ainda por que todos os que escrevem, e que gostam, esse assunto está sempre em pauta!
Beijo!